«À conversa com...»

É indispensável ler o <em>Avante!</em>

A actualidade do projecto comunista 90 anos passados sobre a Revolução de Outubro; a importância da imprensa do Partido no combate às campanhas de branqueamento e reabilitação do fascismo; a crescente penetração dos grupos económicos na vida do País; a importância do reforço e fortalecimento do PCP no combate à política de aprofundamento das desigualdades; a criação, com o PCP, de uma alternativa política, por um Portugal com futuro, foram temas debatidos no espaço «À Conversa com...» e patenteados aos visitantes nas exposições e painéis do Pavilhão Central.
O papel que a Revolução de Outubro representou para a história da humanidade e o mundo de hoje, o seu carácter único – pela primeira vez na História, foi tentada a criação de novas formas de organização da sociedade –, foram questões sublinhadas por Aurélio Santos, membro da Comissão Central do Quadros, que reafirmou a enorme actualidade do projecto comunista. Essa a razão, disse mais tarde, num outro debate, por que se assiste hoje a uma campanha, nunca vista desde o 25 de Abril, de silenciamento do PCP e das suas propostas e de reabilitação e branqueamento do fascismo.
A importância da imprensa do Partido para a reposição da verdade, a informação da realidade dos trabalhadores e do País e a divulgação dos ideais e das propostas dos comunistas foi um outro tema, debatido com José Casanova, membro da Comissão Política e director do Avante!. Mas... «a imprensa do Partido é uma gota de água de informação séria, neste oceano imenso de desinformação organizada», alertou, insistindo na necessidade de estimular a leitura do Avante!. De facto, «quem não lê o Avante!, disse, pode ler todos os ouros jornais, pode ouvir todas as rádios, ver todos os telenoticiários, que estará sempre desinformado».

País mais endividado

A crescente penetração dos grupos económicos em áreas como a saúde e a educação, foi outra questão naturalmente debatida neste espaço, pelos reflexos que tem na vida das populações e no desenvolvimento do País. As famílias portuguesas, disse a propósito Jorge Pires, membro da Comissão Política do PCP, «estão cada vez mais endividadas», qualquer coisa como 124% do seu rendimento. Isto, porque os governos de direita e do PS vêem o investimento do Estado nestas áreas, não como um investimento indispensável para o desenvolvimento do País mas como «despesas a cortar». Claro... em benefício dos grandes grupos económicos, para quem estas áreas são fontes inesgotáveis de lucro, e em prejuízo da esmagadora maioria do povo que... se quiser saúde e educação paga!
Em resumo, e como sublinhou num outro debate a jovem Margarida Botelho, membro também da Comissão Política, a organização do Partido e o reforço do PCP são indispensáveis para defender as conquistas de Abril e criar a alternativa política de que Portugal precisa.


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